NEILA REIS DA SILVA
( Bahia - Brasil )
Nasceu em Feira de Santana – Bahia.
Graduação em Fisioterapia pela EBMSP (2002), Graduação em enfermagem pela UFBA (2006), Especialização em Saúde Pública com Ênfase em PSF, Especialização em Ortopedia e Traumatologia, Especialização em Gestão em Serviços de Saúde, Especialização em Urgência e Emergência, MBa em Saúde do Trabalhador, Especialização em Obstetricia e Neonatologia e Mestre em Gerontologia - Universidad de Léon na Espanha ( 2012). Enfermeira Assistencialista Concursada de Mata de São João e Santo Estevão- Bahia.
Publicou os livros Lendas Nordestinas e Caos de uma Pandemia, versos. Possui obras publicadas em diversas revistas, livros e antologias.
NOVO DECAMERON. Antologia poética. Org. Rodrigo Starling, 2021. 235 p. ISBN 978-65-994-783-7-6-1
Ex. bibl. Antonio Miranda
A SOMBRA DO FINAMENTO
Réptil rasteiro que desliza na lama fétida
da desarmonia.
No desalento alheiro se fortalece a sus glória e
alegria.
O mundo em equilíbrio lhe causa dor e sofreguidão,
Mas o choro incessante do próximo, acalma seu
coração.
Sucesso e realização alheia te causa inveja e
vergonha,
Desesperança e descrédito são a base de sua
peçonha.
A alegria de festas lhe causa repulsa, ódio e rancor.
O sucesso do próximo aflora na face, todo o seu
amargor.
Ela projeta um mundo ideal que só habita em sua
mente.
De alguém que foi grande e glorioso, mas foi
inexistente.
Ela se embriaga em lágrimas de carpideiras
desiludidas,
Labaredas apagadas de uma chama, na vida perdida.
DIZER ADEUS
Não esqueça de chorar
Por quem partiu sem dizer adeus
Ânsia de noite chuvosa
Oculta lembrança em camafeu.
A ausência da despedida
Não apaga a saudade incessante
O vazio da passagem,
De quem da vida é delgado viajante.
Hodierna Peste de despeito
Recolhendo em prisão sem portas
E que transforma o peito em rarefeito
Lança o isolado em uma funda cova
Guarda no baú de lembranças
Os momentos jucundus que viveu
Salva no teu peito quente
A lembrança ausente do passado seu.
Somos todos passageiros
Deste barco à deriva em imensidão
Na acostagem errante
Do revérbero que se apagou na lassidão.
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Página publicada em dezembro de 2021
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